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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

VERSUS SEM VERSO

VERSUS SEM VERSO
 
Condimenta o Lapso
Erra no tempero
Seja na gamela
Ou no vasto campo
Contorna vulnerável
O que vive agora
Não viverá mais
Porque nem será jaz
 
Se corrosiva como acido
Azeda o desejo
Como louça se quebra
Esperança e outros tantos
Vacilo provável
Que o deixa sem rota
No tanto fez
Pelo que tanto faz
 
Desequilíbrio do passo
Que afunda o vespeiro
O vir que não enxerga
O mistério de manto
De ciclo instável
Esboçando a bossa
A cada vez
Que se- sente incapaz
 
Vê mundo ingrato
Por não o verem obreiro
A cegueira emberna
Aleita num canto
Hora vida intocável
De maré que alvoroça
No bale da insensatez
Como jogo de azar
 
Versus o medo casto.
Verso do corpo inteiro
Hora vem que te quero agora
Uma delicia maldita
E sagrada como a boca
O portal que aflora
O que o viver lhe traz
 
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRA

Um comentário:

  1. Amei cada verso, palavras que afloram trazendo a tona a alma feminina, me deleito cada vez mais e intensifica o meu prazer . Me apaixonei meu poeta, parabéns.

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