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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ESTIAGEM DO ESPIRITO


ESTIAGEM DO ESPIRITO

Romeiro do campo
Chora em suas novenas
Lagrimas amofinadas
Como a de enterro
Molha a terra morta
Até germinar esperança
Porque água rebenta

Sanar sede do cultivo
Ponto médio do seu apelo
E também de outros medos
Que cada qual a seu asco
Afligi em qualquer quina
E a todos os pontos
Porque água é existência

Quando as crenças afinadas
Súplica por um mesmo
Do velho da horta
Ao cerimonial das danças
Acaricie lagos com tormenta
Seja qual for o mito
Pela água haja um selo

Dedos aqueçam terços
Vibrar é dar o passo
Há muito colheria
Júbilo do seu rancho
No caminhar das vivencias
Essa rede entrelaçada
Não fosse jogada a esmo

SERGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

Um comentário:

  1. Vidas secas, escassez que assola, verdades ditas com a profundidade da alma, assim seus versos ilustram o dilema que surge com a beleza de sua poesia, parabéns. Quero sempre poder acompanhar sua trajetória a seu lado.

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