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terça-feira, 24 de novembro de 2015

VENTO ME SOPRA



  
VENTO ME SOPRA

Vento atrevido e úmido
Mete-se pela janela,
Faz da cortina, barbatana.
Corta o ar interno
E as linhas da  palma
Transpira na da vida
Penetra seu cortejo
Reflete   em mim
Traduz a sensação
E seus mantras

Vento que trás indultos
A  liberdade que revela
Leque de delicias insanas
 a espíritos ternos
Que abranda a alma
Querer como fisiologia
Esse grito mudo no silencio
Um sonho do não ao sim
Em ondas que não faz questão
O coração canta

Vento e seus mistérios
Sopra. intensa a vela
Envolve-me num transe
Um vôo pelo universo
Profunda leitura dos traumas
E suas aptidões as magias
Ao arquétipo intenso
Num mergulho sem fim
Traz a mão
O que universo manda


Vento que levanta pelos
Confirma o amor que sela
E toda felicidade que banhe
Como a evolução de cada verso
Acalenta-se a flora e fauna
O destino e suas vias
Senti-la por inteiro
Preenche a solidão
E tudo que ela demanda

SERGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

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