MELANCOLIA
Que falta faz a inspiração
Foi-se com o vento
E nunca mais voltou
Vivo angustias ávidas
Que importa essa ingrata
Se me abandonou
Germinarei outra com ação
Preparo-me e sento
Caneta o papel não tocou
Quer-se para lamurias
Que vazio que atraca?
Desconheço esse que sou
Claro, recorri ao coração.
Encontrei apenas lamento
Sinto-me bornal que vazou
Sobrou o vácuo de duvidas
Rogo para um basta
Todo esforço não bastou
Nem poema de solidão
Caramba que tormento
Um vazio que entornou
Pelas indagações mórbidas
Essa coisa que arrasta
Não sei se fico ou vou
Só fascismo da contenção
Não vejo relativo do tempo
Nem a emoção que me tocou
Apenas as pérfidas
O que aprendi onde esta?
Parece que tudo hibernou
Onde parou o tesão?
coisa que nem comento
O animo broxou
Aproxima palavras homicidas
Grafadas com facas
As esperanças que cortou
Não peça minha opinião
Quer-se estou atendo
Não vi o leite que derramou
Nem as pessoas queridas
Sai no frio de regata
E a geada não incomodou
Todo esforço em vão
Tudo sem cabimento
Gélido sem calor
Exaustas feridas
Desse conto sem fadas
Assim como, sem amor
SERGIO CUMINO – PCD – POESIA COM DEFICIÊNCIA
Linda e triste
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