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quinta-feira, 27 de julho de 2017

DIÁRIO DO POETA DE AYRÁ




DIÁRIO DO POETA DE AYRÁ



Surge pelos sentidos

Como profecia de Orunmilá

O cosmo por onde passo

no momento do regaço

Dilema do que eu faço

rasgando me aos pedaços

sem saber se vou para cá

ou às hipótese de acolá



Ajustando os pedidos

manifesto querer chegar

A cada divino com seu afago

Bará ao seu trago

Cônscio de todo o vasto

Atento aos meus embargos

Tirou-me do estado de pedra

Ayrá autorizou me buscar



Oxum me manha com brilho

Dando poesia ao caminhar

Ogum faz dos trilhos atalho

Ao lado de Ode e seu Arco

Iemanjá fez do colo um barco

um ninho de amor agitado

Temperado com dendê de Oyá

E o gosto de viver e amar.



SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ


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