O CORPO É MEU!
Corpo é meu! Mando eu!
Não o tire de mim
Como troféu do seu ego
Proselitismo do seu pleito
Intransigência no apogeu
Não sei o que aqui perdeu
Do inicio ao fim
De como o recebo e entrego
Dialogo é meu por direito
Agora diz que me rendeu
O olhar que é seu
Não corresponde a mim
Se há vezes que não me enxergo
Nem quem sou, me desconheço
Pela cicatrizes que me prendeu
Quem pensa que é fariseu
Com seu bafo em latim
Não é a você que delego
Onde amamenta meu peito
Nem que passos o pé deu
O mergulho que faz ser eu
È isso que acha ruim
O que vislumbro emprego
Com um novo jeito
Que nunca atreveu
Além do que julgas plebeu
Sou universo em si
Além de tudo que renego
Não corresponde ao centro
A
probabilidade que Deus me deu
Carne fraca, pastor orientou
Cônscia da terra desse jardim
Corpo e alma é meu castelo
Comunhão e encantamento
A que pulsa aqui fortaleceu
Essa premissa não vingou
Sua força vai alem de mim
Essa coisa de pele seu fedelho
Não cabe seu julgo nem despeito
A minha é forte, sempre e venceu
SÉRGIO CUMINO – PCD – POESIA COM
DEFICIÊNCIA
Meu corpo, minhas vontades. Chega desse machismo exacerbado onde a mulher é alvo de objetificação, não cabendo aos homens ditar o que devem ou não deixar de fazer. Esse poema ensina que é preciso respeitar e entender, ou seja, o que eu faço ou deixo de fazer com meu corpo diz respeito a mim, ao meu conforto e as minhas vontades. Sua liberdade poeta em brincar com as palavras faz desse poema uma referência na luta pelo empoderamento feminino.
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