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sábado, 27 de agosto de 2011

OLHOS VENDADOS

OLHOS VENDADOS

De que adianta os olhos vendar?
Nem a venda cabe reprimir
Toques fazem arrepios
Os sentidos cantam livres
E a pele põe a sentir
Num ato em que vibres

A quem roga por calar?
Não faça do outro, o medo seu.
De que adianta não falar,
Se o olhar denuncia,
A palavra assedia.
Cresce mais o desejar

De que adianta disfarçar?
Faça saboreado, o gozo seu.
Para não virar caixa vazia
Numa noite sem matilha
Entregue a águia rapina
Como o mito de Prometeu

Porque tanto “pode não pode”?
Seu corpo é sábio
Seu vento homem sacode
Unidos num sensual laço
Num balé cheio de fome
A sorver o mel do lábio

Porque faz do novo, perigo?
se pensa preservar amor perdido
E que a couraça não se rompa
Assim jamais viverá seu, apogeu.
Nem despirá toda roupa
Para seu amado atrevido

De que adianta tantos conformes?
Assim leva o corpo em lapide
A uma paixão que explode
Em vontades de te amar
Calores que te subiste
De poder te fazer melar.

SÉRGIO CUMINO

9 comentários:

  1. Parabéns!!... Linda poesia!
    Bjuss
    Fátima

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  2. Lindo poema, mais uma vez vc toca profunda na alma das mulheres, onde a grande maioria se ve obrigada a reprimir desejos, abrir mão e se privar de viver uma história de amor, muitas vezes até por não poder se dar a chance de ser feliz, geralmente por conta de preconceitos...

    Lilian Pinheiro

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  3. Parabens poeta, é assim que muitas se sentem, e como sempre vc expressa isso com sabedoria, Elisa

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  4. Amei...De que adianta tantos conformes? parabens amigo. Susane Sebation

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  5. TD QUE VC FAZ É MUITO LINDO PARABÉNS AMEI MUITO

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  6. gostei,nao faça do outro o medo que é seu...
    é verdde que as vezes fugimos por medo de se entregar,voce expressa muito bem, com paixao, e sensualidade os sentimentos que voce percebe na alma do outro.parabens Sergio, vc é mesmo um poeta.beijos.evita.

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  7. Parabéns! Mais uma vez vc coloca palavras em sua poesia que são verdades sentidas. Nelci

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