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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ESTADO E O ESPÍRITO

ESTADO E O ESPÍRITO



Quem esta aí fora?
Que pede para entrar  
Sem apresentações
Desencontro impuro
Existencialista e seu muro
 
Porque me revogou dessa forma?
Aboliu desde cedo
E não vai embora
Não sou vaso prematuro
Sob a mira da bigorna
  Porque me apavora?
É o estigma do medo
Sem alterações

Distúrbios da memoria
Vislumbre e o furo
O que sinto ignora?
Vem dessa regência
Ser anfitrião
Da minha carência

E tudo que apavora
Não ser o que era outrora?
Servidor de sua patrulha
No banquete dos pulhas
Disritmia do enredo

Ainda bem que me atrevo
Porque o falso poder me assola?

Cara do condutor cego
Precipício da causa efeito
Protocole, aprove controle.
Agora marionete sem cordas  

Porque tanta prudência?
Alicerce de objetos

Antagoniza a farsa
Renuncio suas bases
De imbecil subserviência

Porque não me privo?

Perdoe-me a displicência
Lanço-me ao precipício
É no fim que vem o inicio
Das injurias-me esquivo

Porque dessa brisa?
Entrego-me ao bem aventurar

Para ser eu não me coíbo

Por isso aviso
Serei curso, fim e inicio.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ




3 comentários:

  1. lindo! sem palavras totalmente

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  2. A vida sempre nos trás a tona fatos que nos fazem refletir, e, voce caro poeta os expressa de maneira tão singular que mesmo sendo dilemas os torna belo. Sapiencia inerente aos que são iluminados a trilhar seus caminhos segundo suas convicções e indo além despertar em quem le seu poema novas visões do que antes parecia ser meramente coisas corrriqueiras e que a partir desta leitura passa a ver novos horizontes parafraseando ser inicio, curso e fim. Belíssimo.

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  3. Sensibilidade a toda prova, sentimentos oriundos do mais profundo pensar. Eis o entendimento do que afligue os seres e suas questões internas. Todos nós temos esses dialogos frequentemente. Faz parte da vida encara-los com a mais intima verdade.

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