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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MALABARES URBANOS

MALABARES URBANOS

Variantes que vadiam
Ao descaso dos passos
Vagos de noites frias
Os ditames da cabeça
Nos tumultos internos
Como selfs do sorriso podre
Avessos ao estreio
Em tons de invisível
Onde se perde o respeito
Quem creria ser impossível
Sons misturados
Mesclado com maus cheiros
Parece fragrância do inferno
Fazem com que esqueça
Entre morais que ladeiam
Cerceando cada lado
Maquiado pela fuligem
Reflete o pó no espelho
Preso pelo rabo
Como dizem
A impossibilidade sistêmica
Paralisa-nos como medusa
É meu amigo
Se ficar o absorve
E não se iluda
Está numa sinuosa
Garrafa como experiência
Refém da subserviência
Esquecido no arquivo
Mais um filho da queda
Endividado a mais valia
Grupo virou galeria
Pelo outro sofria
Veredas que se atrela
No aguardo do sinaleiro
Aquelas bolas subiam
Como malabares esquivos
Salteiam como susto
Confinados no viveiro
De cada esquina
de gosto bruto

SERGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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