CABARÉ EM
TRANSE
Uma sensação física de mulher
me persegue
como se desse um recado
Com o
sussurro atrevido e sedutor
Essa suavidade se faz presente
Nem tanto
para tal, um tanto que nos pele.
E um aroma
soprado, de dentro do ausente.
Adentro ao
incógnito, nada aparente.
Referido
libertário, na coisa de pele.
E carrega
um conjunto astral que nos sela
E todos os ocultos
que nos sentem
Num cortejo
clássico a bela
Tempero do
desejo visceral
Renova o
espírito, emerge o poeta.
Como reza a
roda da vida
Fusão da
dama, desejo e demônios.
Há os que
nem revelam pseudônimos
Mas se faz
presente e cada qual sua meta
Como num
balaio abissal
Em meio a
tanta busca incerta
Entender essa magia que agarra
Mistura até areia virar cristal.
Um mergulho
aos sonhos
e seus
refinados brocados
O segredo
do vermelho da rosa
alem do bem
e do mal
Suas
pétalas descobrem a nudez
e tudo que
é submerso dessa prosa
Numa
imersão atemporal
sabe-se lá
para onde vamos,
Nesse mundo
desconhecido vertical
que os
suores não revelam
dialogam
com produto expelido
fulgor de
sua flor aberta
faz do
toque portal
Assim
lançados como flecha
Penetrar a
toda aberta
num moderno
conto de fadas
Descansando
na rede desse umbral
Balançamos
hora lado de lá hora de cá
Com almas
mescladas, meladas de suor.
Somos o
principio da pedra filosofal
Uma
alquimia sincrética a Parsífal
Após gole de brinde, pousamos o cálice.
E os corpos
na horizontal
SÉRGIO
CUMINO – POETA DE AYRÁ
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