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quarta-feira, 13 de abril de 2016

CABARÉ EM TRANSE



 CABARÉ EM TRANSE

 Uma sensação física de mulher
me persegue como se desse um recado
Com o sussurro atrevido e sedutor
Essa suavidade se faz presente
Nem tanto para tal, um tanto que nos pele.
E um aroma soprado, de dentro do ausente.
Adentro ao incógnito, nada aparente.
Referido libertário, na coisa de pele.
E carrega um conjunto astral que nos sela
E todos os ocultos que nos sentem
Num cortejo clássico a bela
Tempero do desejo visceral
Renova o espírito, emerge o poeta.
Como reza a roda da vida
Fusão da dama, desejo e demônios.
Há os que nem revelam pseudônimos
Mas se faz presente e cada qual sua meta
Como num balaio abissal
Em meio a tanta busca incerta
 Entender essa magia que agarra
 Mistura até areia virar cristal.  
Um mergulho aos sonhos
e seus refinados brocados
O segredo do vermelho da rosa
alem do bem e do mal
Suas pétalas descobrem a nudez
e tudo que é submerso dessa prosa
Numa imersão atemporal
sabe-se lá para onde vamos,
Nesse mundo desconhecido vertical
que os suores não revelam
dialogam com produto expelido
fulgor de sua flor aberta
faz do toque portal
Assim lançados como flecha
Penetrar a toda aberta
num moderno conto de fadas
Descansando na rede desse umbral
Balançamos hora lado de lá hora de cá
Com almas mescladas, meladas de suor.
Somos o principio da pedra filosofal
Uma alquimia sincrética a Parsífal
Após  gole de brinde, pousamos o cálice.
E os corpos na horizontal

SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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