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sexta-feira, 22 de abril de 2016

PEGA NA MANOPLA




PEGA NA MANOPLA

Sente esse vento gostoso?
Para  selar a harmonia
Resgatar o que sorria
Com abraço do seu par
Valor do pé andante
Baluarte do caminha-dor
alivio para onde for
E as rodas das cadeiras
giram em buscas justas
Liberdade de movimentos
conquistadas a cada via
Por isso meu irmão
Não se culpa
Basta a linha da vida
no pergaminho da palma
abraçar a manopla
Guiarmos nosso rumo
Com o gosto de fazer junto
O plural de um povo
tem coletivo humano
precursor do respeito
guias de todos acessos
Não para empurrar
 Sair lado a lado
Meu irmão meu par
Estufa o pulmão de ar
Para bordão de cada brado
Fortalece as buscas
Não tomam medidas
Mas é possível
Onde tem coração
Navegando vontade pura
De uma cidade acessível
Não esse inferno de Dante
Doe um pouco de si
Em troca o orgulho de ser.
Como tropa, trupe ou vibe.
Assim abraçaremos a cidade
Com jeito amável de servir.
A aí o vento abraça face
Compartilho contigo
Deliciosa sensação
De poder ir e vir

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO SP  803

2 comentários:

  1. Poema perfeito onde descreve o que é estar em uma cadeira de rodas e ter sensações e emoções ao ser empurrado rumo a vida, sendo que viver está além das barreiras. Desfrutar as alegrias nas coisas simples é a mais gostosa sensação que pode ser compartilhada ao lado de uma pessoa especial como você. Além de conseguir transpor para o papel de maneira elegante e eloquente as aventuras enfrentadas. Viva e se deixe levar.

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  2. Muito legal a sensação de sentir o vento no rosto ao lado de alguém especial, sem precisar de ser empurrada.... mas acredito que ainda teremos a cidade acessível para todos os cadeirantes poder sentir o vento no rosto ao lado de alguém muito especial.

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