RECANTO
DAS OLIVEIRAS
Oralidade é ditada
Folhas servem beneméritas
desde idade do bronze
Dá-se aroma a seu busto
E cobrem meu frio
com manto do melhor azeite
Assim untado desse recanto
Que vibra brasilidade
como
de índia Janaina
brilho
d’água cristalina
em
suas corredeiras embarca
sentimento
de menina
unge
as feridas do tempo
O
deleite desse retiro
que
me coloco de corpo
e
me elevo em espírito
vem de olivais africanas
e as magias do dendê
Sob a pele do Oyá
O vento é a Mãe
Cuja dança ritual
Elegância ancestral
Como curvaturas de bambuzal
Isis a Deusa das olivais
Aqui é sua neta
Essa mistura se faz poesia
Da magia desses balsamo
Óleo de sua oliveira
Ilumina a noite
Para damas rodar as saias
É a rainha do clã
E a outra princesa
Faz sacrifício pelo melhor
sorriso
Odoya quando a outra Yaba
Alinhava seu mar
Trajando-as óleo fino
Aconchego dessa tribo
Dessa família de fé
Que orienta minhas pernas
Como flecha de Ode
é combustível de lamparina
encontrar luzes de outros
montes
lendas, curas, e mitos
As vejo em sua oliva
Renovada em alma menina
Também se mostra brandas
Com ramos de oliveira
Os sentidos purificam
em sua Lívia calmaria
SÉRGIO
CUMINO,
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