GRAÇA
Por mais que faça
Mesmo olhar ríspido
O contragosto é despido
Pela ternura que laça
Dilui o rancor
Abranda a ferida
Brilha os sentidos
Que brincam de ciranda
Faz dentro de si
Pálido e adormecido
Virar sorriso de criança
Com anseios na roda gigante
Encantamento não
disfarça
A moça de olhar tímido
De sonhos em litígio
É luz que exala
Os raios desenham rubor
Desconforto de ser despida
Perante o substantivo
Natureza pura alcança
véu que cerceia se vai
O sentido a vida
Solta em sua dança
Vigora seus instantes
Esse raio Odára
Na rota do poeta perdido
Da função ao subjetivo
Motivando sua audácia
preceder a experiência e rumos
em sua sabedoria empírica
Agrega o infinito
Ninho da bem-aventurança
Quando a poesia atrai
Luz bem vinda
Triunfo da esperança
Sem indultos e rompantes
SERGIO CUMINO –
OBSERVATÓRIO 803
Lindo poema.
ResponderExcluirMaravilhoso
ResponderExcluir