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terça-feira, 27 de junho de 2017

MIRANTE de ROMPANTES




MIRANTE de ROMPANTES

Na praça do por do sol
Chega à noite suntuosa
Outono deu lugar ao inverno
A mudança não só de estação
Igualmente da decidida Dama
Sua voz interna calada
Assim se deu introspecção
Será destino ou eventual ?
Passo lento de gatuna
brando e ardiloso
É a probabilidade do novo
Avança pela brisa gelada
Induzida pelo querer
Quando próximo ao mirante
Sentia soltar-se ao rompante
Mulher linda caprichosa
Receada ao destemido  cio
Comprimia-se sob casaco
Cadenciava sua navegação
Um veleiro contra a maré
Cabeleira  aparava o vento
Navegava fora do porto
sem bússola pelo mar
em ondas que a torna desejosa
calor interno oposto ao de fora
guiada pelo chamado do amor
que a faria mulher e menina
tornado e maresia
Musa de mãos quentes e mágicas
Encontra seu homem na linha da vida
Contem o fogo que aconchega o ninho
E deixa seu intimo molhado
A pele com rubor
Temperado com afago
Ele sabe a arte conjugar
Os gestos! E o verbo amar!
A impede de  fugir da sina
Porque sem vê-lo o sentia
Até a vista o alcançar
reconhece pelos passos libertários
com olhar fixo no  seu desconcerto
fez o ar cursar em outro ritmo
e o medo surgi intrometido
assim indaga consigo
- será que é só sexo?
- E se ela não gostar?
- Ele pode me achar feia!
E a cada metro conquistado
Como se não bastasse
Aparecem à mente em lastros
De pensamentos desconexos
Chega a com sorriso de afago
Da poesia ao clima
Desarma o discurso ensaiado
Quando ele chega perto
Aproxima-se, seu olhar semeia.
Deu rumo ao incerto
Suave toca a face
Com sorriso do encanto
Sussurra – você é linda!
-Divina fêmea e Deusa.

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803






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