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terça-feira, 25 de julho de 2023

PRETA PEROLA

               PRETA PEROLA           

Quando a vejo, Negra bela

Sussurro aos ventos de Oya

Cantigas suspiradas a capela

E conflitos doutras quimeras

E faz meus pelos arrepiar

Floresce em mim frutos

Pensamentos navegam

Com a dimensão do mar

Refletidas no brilho da pele

Faz-me homem e não bruto

Que me toca negra mística

Como deuses evocados pelo tambor

A busca de caminhos que me leve

Banho-me em suas águas Límpidas

Limpando os aforismos mortos,

Dando brilho e tirando rancor

Aos olhos d’alma é negra essência

Todas mais desenhadas por Oxumaré

Para ser eterna marcada no Olorum

Com graça, pele, cheiro e sabor

Faz da nudez transcendência

Seu brilho é flecha de Ode

Com poção preparada por Oxum

Com ouro, amor e mel

E altera meus sentidos e rumos

Nas corredeiras do rio

Que leva ao oceano de encantos

Onde origem de seu calor é dendê

Seus sonhos de raça é seu céu

Sua natureza negra seu Axé.

Sentir seu corpo falar, é te ler

Seja nessa língua, ou dialetos bantos

Orgulhar-te de sua pele, é saber SER.

SÉRGIO CUMINO - O POETA DE AYRÁ

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