O DENGO E A DENGOSA
Era um dia de pouca resenha
O dengo transformava a visão
Numa imaginação fantástica
razão pondera instintos do peito,
Nua oratória, que não havia como
De pronto se põe a declinar
Numa reverência de gratidão
Sensação, uma brisa de imagens.
Que interagia com suspiros
O solo de dança da malicia
Como um samba contemplando
A disritmia da cuíca..
Num cenário de flores que falam
O sussurro se declara apaixonado
E a melodia aos ouvidos
Substanciosa se faz ouvir,
A dengosa molinha e absolutamente desejosa
- ah meu dengo, meus peitos
acendem e se exibem
Libertos da pressão do bojo
sob o chuveiro de água quente
Simbologia, sonho e Água
Ressurge o delírio adolescente
E os desejos declamam a saga
Sinais e acenos de bandeira
projeta-se o amor
Rende se inteira ,dada ao dengo
Arquétipos do conto de fadas
a poesia assume o posto da prosa
A fantasia desnuda,
máscara vai, dar uma volta
Nua e formosa, para ser possuída
Sobre uma colcha de retalhos
Cada pedaço é parte do amor,
O mapa dos desejos vividos
Sobre as costuras da adversidade
Amores vira folclores renascem
Com ingredientes da experiência
Permitindo temperar a gosto
A vontade degustando o dengo.
Chamego uma iguaria especial
Para entregas específicas
Tornamos toda a magia
Em oferenda sagrada
A Deusa do amor,
SÉRGIO CUMINO –
O POETA A FLOR E A PELE

Nenhum comentário:
Postar um comentário