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terça-feira, 26 de agosto de 2025

DORES DO TOLO

DORES DO TOLO

Dor que barra o caminho

Não permite avançar o como

A insônia que sabota o sono

Uma sombra que dá um tranco

Tira a visão do entorno

São traços sem contorno

Sabe se lá o que somos

Cujo o destino é o balanço

O bom tentado ao dolo

E a incerteza tira o pé do trono

E passa a ter o reinado manco

Tantos porquês que não é dono

E não sabe se vai ou se fica

Será o fim ou início?

Não encontra um consolo

Os classificados de sonhos

E a solidão do seu transtorno

Outrora José e agora Zé

 os predicados que se dedica

Amargurado, percebe-se tolo

Não há choro nem lágrima

Na lista de padroeiros

 procura um santo

Seria um consolo para lástima

Não há o qual se identifica

Em algum lugar deixou a fé

Escolhe um pastor de ovelha cega

nem ele acredita no que prega

Há mais verdade na borra de café

Do que a intolerância se apropria

 dobrou-se tanto, perde as pregas

 ser ninguém é bandeira em haste

É o Zé que representa o povo

Esperança se divorciou

 Sera que levaram na rapina?

Talvez ela também se cansou

Não há martírio que se baste

Nunca desfilou em sapato novo

 Se quer um gosto que se destina

     até os que chamam de traste

Será que é Deus que determina?

SÉRGIO CUMINO –

 O CATADOR DE RESENHAS


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