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quinta-feira, 9 de maio de 2013

MÃE E O COLCHETE QUE ACALENTA

MÃE E O COLCHETE QUE ACALENTA

Mãe menina
Gerou um doce Carolina
Cuja essência das aguas salgadas
E sua realeza é o amálgama
Das nossas profundas buscas
Que sagra nossas sinas
É menina mãe e puro acalento
No inconsciente do oceano
Que a mazela nos engana
E de cerne límpido
A filha olha nosso lado insano
De lá revela o que somos
Com ternura sem julgamentos
Há também, a afetuosa Camila.
Da dança das cachoeiras
Alma agitada da menina levada
É o prisma da felicidade arteira
Dona do sorriso que embarcamos
Nas ondas dessa vida alada
E a mãe menina quando ralha
E repreende a palmada
Chora mais que a filhinha
Da bunda marcada
Porque ambas ninas são amadas
Esse é o meigo da poesia falada
E que saiba mãe menina
Que nossas trilhas desatadas
São contos das lidas predestinadas
Se aceita fluir dessas passadas
É transformação não destroços
Nem o fel deprimido do rancor
Isso apenas gera remorso
Contorcido nas noites caladas
Pelas filhas afetuosas acarinhadas
Rogo o sentir da mãe sagrada
Ninas são colchetes a ampará-la
E refletir dos meus passos na estrada
Como no vulcão de Ayrá
Viverá erupções de amor
Assim será eterna bênção
E meu olhar para ti com louvor
SÉRGIO CUMINO
 

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