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terça-feira, 20 de agosto de 2013

AGUAS DE SÃO PAULO

AGUAS DE SÃO PAULO
 Aguas de gente santa
Caminha nossa vontade
Contraria a maldade
Da intolerância

 
Agua dessa Sampa
Representa um povo inteiro
Através da agua de cheiro
E o símbolo da roupa branca

 
Aguas ribeiras que encontram
No navegar da fé primeira
Como flecha de Odé certeira
Uníssonas rezas te cantam

 
 Aguas é o lençol que avança
Em marolas de cada um
Formam corredeiras fun-fun
Numa beleza que encanta

 
Aguas para essa cidade
Tão sofrida, porém amada.
É a corrente que afaga
Onde o Ajo não tem idade

 
Aguas de muitas barcas
Que veem em corredeiras
Rumbê de mães criadeiras
Todo orgulho da raça

 
Aguas que me levam
Com esse povo de axé
Afirmação de fé
O preconceito renega

 
Aguas leva a mãe preta
Mito do terreiro urbano
Flores, perfumes e panos.
Para saldar as divinas tetas

 
Aguas de Oxum
Com magia límpida
Dessa crença intima
Que nos leva ao Olorum

 
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ 


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