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sábado, 10 de agosto de 2013

OBALUAYÉ EU VOU

 

 
 
OBALUAYÉ EU VOU
 
A vida e a peste
Palco de caminhada
E os medos de ser
Inicio e o fim
Enfermidade moral
São minhas pragas
Que abala e desloca
 
Divagações etéreas
Das curas da alma
E daquilo que virá
Da cabeça aos pés
Quando amor faltou
Repressão perverte
O desejo reboca
 
A visão apaga
Não me deixa ver
O lado ruim
Nenhum ponto vital
Autoestima caçada
Felicidade berra
E a cura evoca
 
Nas linhas da palma
Para saber onde está
Busca na fé
O saber que doou
Poder que remete
As origens de Tapa
O querer desloca
 
Para onde recorrer
Vem das bandas de Benin
Contrariando o banal
E a doença que traga
Ensina reação
Força da terra
Magia da pipoca
 
Madeira empalma
Esteio que sustenta
A esteira de olubajé
Ensina-me quem sou
E o inicio da prece
Já quando lhe brada
A mente transporta
 
Atoto Obaluayé
Cuida de mim
E de todo astral
Alimenta a calma
Elimina o que risca
As marcas da chaga
E tudo que coça
 
Amor e devoção
Mesmo na miséria
Mantem vivalma
Como seios Yabá
Pela fé a Olófin
Surge o sinal
Para espirito a porta
 
Que me livra do trauma
Graças ao sopro das palhas
Mostra o ser em ação
Com beleza singela
Abonando a aura
Dos ventos de Oyá
Ao Olorum reporta
 
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ




Um comentário:

  1. Como sempre Sergio, vc consegue me surpreender! me emociona com esses textos belissimos!

    Desta sua maneira poética deixa ainda mais majestoso nossos orixás!

    Parabéns pelo lindo trabalho, e continue nos brindando com essas poesias que mto em emocionam!

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