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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O FOLE DO ESTIGMA

O FOLE DO ESTIGMA
Cravam no ponto
Na marca da paixão
O mastro colonizador
Ampara a flamula
Dessa pérfida em vigor
 
chibata de insígnias
Vinda pra lá do mar
Coage à labuta
Assim como a fé
Fica a beira amar
Portanto como a maresia
Em sua fumaça ancestral
Perde-se o sonho alado
Pelo fosco da conduta
Supremo do progresso
Faça o que fizer
Preserva inicio fatal
E a clerezia consorte
Estimas da colônia
Evolução em regresso
Em dor perpetua
Pela ética inquisidora
Inibindo todo anseio
E a culpa como fardo
Mutilando os seios
Da mãe preta
Que alimenta o portal;
Institui a foice da morte
Consagrada pela manjedoura
Faz-se alvo dos dardos
Tira verdade das vistas
Abates e as lavouras
E a mitologia quieta
Deixa-se alegoria de lado
Entrega-se a toda sorte
Sucumbe-se ao abandono
Subserviência que ministra
Do instinto mutante
E o fogo em estado de sono
O que era imediato, adiado.
E espiritual retalhado
Cartilha moral, consolo.
Pela conjunção, clero e corte.
Derrui outros reinados
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ

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