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sábado, 1 de novembro de 2014

SER E VIR A’MAR

SER E VIR A’MAR
As ondas calmas
Como cama de algodão
Para abraçar aquele rebento
Nascia para ser do mar
Assim crescia
Castelo de areia
Na fabula do tempo
Adolescia menina e os sonhos
Medidos pelo pé na praia
Vezes abraçou os joelhos
Respirando como marola
Sem dizer as rebeldias
Dignas de filha de Yabá
É de rainha essa algibeira
Seja aqui e seja acola


Navegou por borrascas
A Deusa e o timão
Como caravela e o vento
Aprendeu a amar
Justo e a mais valia
Às paixões é sereia
O coração silencio
Que ampara seus tombos
A cada sol raiar
Para o suor dos cortejos
Faz de si escola
Mesmo à revelia
Surfista de Yemanja
Nessa lida traiçoeira
Desenha em seu surfar

Sobre as águas 
Apura emoção
Ser mãe é talento
Nunca vai apagar
Seja sol do meio dia
Ou magia de lua cheia
Não deixa filho ao relento
Carrega em seus ombros
Aonde a mare levar
Um conto dois pesos
Por amor chora
O que a vida lhe devia
Urbaniza a barca
Encantos da balseira
Faz seus cabelos velejar

SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ


2 comentários:

  1. Tereza Aquino Villas Boas15 de novembro de 2014 às 11:33

    Então prossegue no mesmo dilema. Começa o poema nas profundezas dos terreiros de candomble e desfila ladeira abaixo buscando o sexo, avido e só...

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  2. Elizabete Nascimento24 de julho de 2018 às 14:43

    Nasci para ser do mar onde minha mãe reina. Entre marolas e tsunamis navego como boa filha dessa yabá. Em seus mistérios me acho onde a maré me levar, faço desse encanto o trilhar do meu caminho.

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