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quarta-feira, 18 de maio de 2016

PUDOR DO PECADO CEGO



 PUDOR DO PECADO  CEGO

A Bela na galeria de arte
E o espírito que se farte
nessa viagem virtual
Num olhar casual
vê um homem deslocado
Galante de fino olfato
Ela no um bom papo
Altivo naquele canto
ausente de todo bando
Ele não avista o flerte
Assim como os flashs
Ai o imprevisível desmonte
Ao vir Bastão de Hoover
Como um choque de valores
Resgata do arquivo de pudores
– corte o mal agora do que tarde -
Para conflito não criar alarde
Consola-se com a compaixão
Mas vem a idade da razão
A revolução em seu calvário
O que será do Erário?
A bênção de um conceito
Revelação do preconceito
Ele não vê. Ela Vê !Ele é Gato!
Será que é pecado
Se ajudar é a intenção
Fará um audiodescrição
Caminha pela sala
Perfume exala 
A arte de se aproximar
E pensar no que falar
Articular os sinônimos
Quem fala são feromônios
Numa virada do instinto
Antecipando o pressinto 
Apoia-se no decote
Os corpos em trote
Sem ver para crer
Sente delicioso ter
Imobilizados sem jeito
Pulsando a causa efeito
Pausa dramática
Expressão enfática
Que o desejo é muito bom
E  constrange fora de tom
Caçoa com a consternação
E sob a palma da mão
Uma seda de fino fio
Sobre um bico no cio
o olhar do toque
é a prova dos nove
Germina um tesão de respeito
Sem tirar as mãos do peito

SÉRGIO CUMINO -

Um comentário:

  1. Imaginei muitas cenas da minha vida, enquanto lia.... quem já não e viu numa cena destas???

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