ESTORVOS SAGRADOS
Conviver com o desejo
Deparando-se ao obstáculo
Proporciona ação
da ritmo a vida
alento a volição
Para gozar a superação
Mesmo que entrave
Atento ao ensejo
Seja a supremacia do vácuo
ou acaso perante a visão
Aquele ponto de partida
que aquece os nervos
O obstáculo deploração
Cotidiano de passo inseguro
Nunca sabe o próximo furo
ou coeficiente despejo
Mesmo que tesouro vazar
Abalo da engrenagem
Tendo ou não cabimento
Ou asas do lampejo
É busca do fugaz no rumo
O prumo sem oráculo
Se “não age gera a peste”
E se é coisa que não vejo
Perde-se o melhor do sumo
Na trilha do casamento
Do com ou sem noção
Do certo e o nulo
Vindo de lá do buraco
abranda seu maculo
Não importa o que reste
Cá dentro pelejo
O calar é um insumo
que nos reage somente
despir-se de morais vestes
mergulho intenso
quando nós conseguimos
Com suave inspirar
sem variantes de tempo
descobrir o próprio silencio.
SÉRGIO CUMINO – PCD -POESIA COM DEFICIÊNCIA
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