TEMPORALIDADE TÓXICA
Overdose de mitos
Esses fios condutores
Que entorpece os atos
Determina seus gostos
Terceiriza seus demônios
que compõe
seu prato
Posse e seus pseudônimos
Que nos surpreende em cada passo
E nos cambaleia ao desgaste
Sem saber quem somos
Em meio de tantos tipos
Os que suportam dores
Na labuta dos capachos
Deliberadamente tosco
Sem identidade nos expomos
Estereotipados em tachos
Declinado aos tronos
A lógica que levanta o rabo
Sentimos ser vários em teste
Sem império do que supomos
Depende de qual pólo será visto
Que determina seus condutores
Um movimento orquestrado
Prometem Deus estará convosco
Que o pecado é o transtorno
E o medo a narrativa dos fatos
E tudo aquilo que tira o sono
A culpa imposta ao engajado
Das diretrizes do desastre
Nem de desejos somos donos
Nesse território de riscos
Desfalca seus pudores
Cada qual seu calvário
todos ao
subsolo do poço
É objeto sem contorno
Esquizofrenia arrebata laços
Seu encontro com suborno
É o limite do fadado
Sopro para o resgate
Àquilo que compomos
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803
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