ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

segunda-feira, 30 de junho de 2025

CHAMADO, CHAMA

CHAMADO, CHAMA

Dilema intermitente 

E a percepção do grito 

Sem sentir o aguardo 

Na boca de cena 

 que desembaraço, fala 

 que saliva, mas cala

Amarga no hálito

No palco da vida

Com medo da tormenta 

A um vacilo engole

Que antecede a Bonança 

Águas que se dividem 

Os apegos se despedem

Marolas que se esquecem 

E o espírito medita 

Conforme a calmaria 

Acalenta o agito, 

Que antecede o grito 

Na menina dos olhos 

Quando a fala respira 

em forma de prece

E a Imperatriz do império 

Manifesta a vida 

E o brilho que ilumina força

E a intuição que te lança 

Na perspectiva do novo

Nesse caminho será o louco 

O raio tirou faísca da pedra 

Mergulhou na terra 

Até o inconsciente das Águas 

Para banho do pensamento nu

É um mergulho nos mitos.

Nos lagos das parábolas.

 A sabedoria dos elementos 

Que comportem meu ori

 cabaça de conhecimento 

Que se encherá no Odu 

Na jornada que me aguarda. 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS                             

sábado, 28 de junho de 2025

FEITA DE OXUM

FEITA DE OXUM 

Ela é feita de Oxum 

Seus olhos Abebé’s

Que são luzes

E suas interfaces

Bela e compaixão 

Protetora e bélica 

Nuances do amor 

Eucaristia do coração 

Domina com louvor

Sagrado e espiritual 

Paixão e combate

Alma feminina 

Dança das corredeiras 

Braços e membros 

Soltam pó de ouro 

Que só a alma enxerga

O que vê é brilho

Do reflexo dos rios 

de essência dourada

O cesto balança 

Com a cantoria das marolas 

Quando abençoa as crianças

Feito deusa do conto de fadas

Ressignifica ser graça 

Lugar de fala a estética

Concepção e a cria

A mãe da arte

Fora do lugar comum

A cachoeira, abelha e mel;

 criação 

O broto da flor do amor 

É a filha Feita de Oxum. 

SÉRGIO CUMINO 

             O CATADOR DE RESENHAS                    

ONDAS QUE TIRAM ONDA

 ONDAS QUE TIRAM ONDA

Numa noite escura

Queria gravar o silêncio

Para ele ausentar

Esse zumbido permanente

Às vezes penso

Que é um QR code sonoro

Que não consigo decifrar

Mas ele está lá tentando avisar

Será que é Deus comunicando

Que esse inferno

que me deixa inquieto

Tem alguma razão de ser

Alguma apelação retórica

No que não vejo e não ouço

Nesse ruído da minha imaginação?

Imagino que tenha algo

No íntimo do zumbido

Será que é palavra ou imagem?

O ato embusteiro da ilusão

Um segredo a me revelar

De médium e louco

Todo mundo tem provação

alguns deixa o zumbido solto

outros os levam a reflexão

Em banho maria no vazio

Com uma trilha minimalista

Do pensamento intimista

Cognitivo procura

Em Lótus e reverência 

Para marcar posição

No portal do espírito

Em triagem com o anjo guardião 

O barco leva em ondas sonoras

Rumo as turbulências do eu

Corredeiras do inconsciente

Drama e ação presente

e penso junto e misturados

Se é o todo é o nada

difícil separar o joio do intuitivo

Com as perguntas engasgadas.

Eu peço paz na dúvida

Para que o sono possa entrar.

SÉRGIO COMINO

O CATADOR DE RESENHAS


domingo, 15 de junho de 2025

CONCHINHA NA NOITE FRIA


CONCHINHA NA NOITE FRIA

Nossa lareira. União 

O abraço é o laço 

que a poesia nos dá

O chamego, Ah chamego 

Esse pede aquele cheiro 

Para o ouvido assanhar 

Roçar os pensamentos

Florescer dos quereres

A cada detalhe da mutação

Que se transforma na magia do luar

Damas da noite, verbenas

E o tempero que o amor nos dá 

Noite que faz do olhar feitiço 

A sedução geme

No palco dos corpos 

Desejo perene

Até a boca chega a secar

Mais um gole de vinho

O coração na pausa do suspiro

Na hora da noite calada

A palma da mão espalha o fogo 

Que sobe na espinha 

Umedece os lábios

O aconchego do ninho 

Chega até arrepiar

E levar para passear 

Nas nuvens da ilusões 

A mente voa 

No êxtase da paixão 

Acende o fogo 

Põe a lenha para queimar

Eros e a graça 

Aquecem o espírito

O desejo desenha

A rota dos quereres

Onde o toque desliza 

Nem deriva, nem preciso 

Atende o pedido do gemido

Sobre a pele de seda 

O amalgama dos instintos

Amantes das brumas

Orvalho nas pétalas

 o ar se mistura pelos poros

Os braços como agasalho

Depois que a lareira dormir 

Nas cinzas do carvalho.

SÉRGIO CUMINO 

O POETA, FLOR & PELE                   

quarta-feira, 11 de junho de 2025

LAMPARINA - LUZ DO ABRAÇO


LAMPARINA - LUZ DO ABRAÇO

Levanta do tombo

O que espera tá perto

Para o som chegar direto

Liberta as evoluções

Sutileza nuance da percepção

O mito do arqueiro interagindo

Faz parte do seu espírito

Ouvir ladainhas angelicais

Discernir qual direção

Ruídos da floresta urbana

Sussurros dos bosques ocultos

Na prosa de sua saga,

desejo ser por determinação

a lamparina do Hermitão,

Nas madrugada de cometa

Atravessa o espaço

Das Mazelas dos paradigmas

Sagrado e profano

E a roda da fortuna

Lubrifica engrenagem

Com a dialética Boemia

Predestinação, é caminho

Ter a sabedoria do ancião

Pego carona, norte do acaso

A claridade do alvo mágico

Fica por conta de você e Ode

Enquanto o raio destrói a torre

E liberta a reflexão

Audição do arqueiro ouve anjos

As ventanias e tempestades

Remexem os sentidos

Mas não desorienta o carro

E o alvo intuitivo é dardo

um encontro sagrado

Tema da prece

Lamparina da fé

Ilumine o caminho

Becos de Marselha

Paramento do Mago

Selados no cosmo

Cruzam os destinos

Na noite do louco

Na benção da lua

O abraço do amigo.

Não foi por acaso.

Ayra traz colado no Oxe

Sob o signo do sol

A última carta, o mundo.

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS