ONDAS QUE TIRAM ONDA
Numa noite escura
Queria gravar o silêncio
Para ele ausentar
Esse zumbido permanente
Às vezes penso
Que é um QR code sonoro
Que não consigo decifrar
Mas ele está lá tentando avisar
Será que é Deus comunicando
Que esse inferno
que me deixa inquieto
Tem alguma razão de ser
Alguma apelação retórica
No que não vejo e não ouço
Nesse ruído da minha imaginação?
Imagino que tenha algo
No íntimo do zumbido
Será que é palavra ou imagem?
O ato embusteiro da ilusão
Um segredo a me revelar
De médium e louco
Todo mundo tem provação
alguns deixa o zumbido solto
outros os levam a reflexão
Em banho maria no vazio
Com uma trilha minimalista
Do pensamento intimista
Cognitivo procura
Em Lótus e reverência
Para marcar posição
No portal do espírito
Em triagem com o anjo guardião
O barco leva em ondas sonoras
Rumo as turbulências do eu
Corredeiras do inconsciente
Drama e ação presente
e penso junto e misturados
Se é o todo é o nada
difícil separar o joio do intuitivo
Com as perguntas engasgadas.
Eu peço paz na dúvida
Para que o sono possa entrar.
SÉRGIO COMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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