Nossa lareira. União
O abraço é o laço
que a poesia nos dá
O chamego, Ah chamego
Esse pede aquele cheiro
Para o ouvido assanhar
Roçar os pensamentos
Florescer dos quereres
A cada detalhe da mutação
Que se transforma na magia do luar
Damas da noite, verbenas
E o tempero que o amor nos dá
Noite que faz do olhar feitiço
A sedução geme
No palco dos corpos
Desejo perene
Até a boca chega a secar
Mais um gole de vinho
O coração na pausa do suspiro
Na hora da noite calada
A palma da mão espalha o fogo
Que sobe na espinha
Umedece os lábios
O aconchego do ninho
Chega até arrepiar
E levar para passear
Nas nuvens da ilusões
A mente voa
No êxtase da paixão
Acende o fogo
Põe a lenha para queimar
Eros e a graça
Aquecem o espírito
O desejo desenha
A rota dos quereres
Onde o toque desliza
Nem deriva, nem preciso
Atende o pedido do gemido
Sobre a pele de seda
O amalgama dos instintos
Amantes das brumas
Orvalho nas pétalas
o ar se mistura pelos poros
Os braços como agasalho
Depois que a lareira dormir
Nas cinzas do carvalho.
SÉRGIO CUMINO
O POETA, FLOR & PELE
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