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domingo, 15 de junho de 2025

CONCHINHA NA NOITE FRIA


CONCHINHA NA NOITE FRIA

Nossa lareira. União 

O abraço é o laço 

que a poesia nos dá

O chamego, Ah chamego 

Esse pede aquele cheiro 

Para o ouvido assanhar 

Roçar os pensamentos

Florescer dos quereres

A cada detalhe da mutação

Que se transforma na magia do luar

Damas da noite, verbenas

E o tempero que o amor nos dá 

Noite que faz do olhar feitiço 

A sedução geme

No palco dos corpos 

Desejo perene

Até a boca chega a secar

Mais um gole de vinho

O coração na pausa do suspiro

Na hora da noite calada

A palma da mão espalha o fogo 

Que sobe na espinha 

Umedece os lábios

O aconchego do ninho 

Chega até arrepiar

E levar para passear 

Nas nuvens da ilusões 

A mente voa 

No êxtase da paixão 

Acende o fogo 

Põe a lenha para queimar

Eros e a graça 

Aquecem o espírito

O desejo desenha

A rota dos quereres

Onde o toque desliza 

Nem deriva, nem preciso 

Atende o pedido do gemido

Sobre a pele de seda 

O amalgama dos instintos

Amantes das brumas

Orvalho nas pétalas

 o ar se mistura pelos poros

Os braços como agasalho

Depois que a lareira dormir 

Nas cinzas do carvalho.

SÉRGIO CUMINO 

O POETA, FLOR & PELE                   

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