A SOMA DE TANTOS TOMBOS
As quedas têm por fim
O próprio fim,
Na lápide, “indigente”
Ou como subtítulo:
As somas dos tombos
Resultou no fatal
A escalada findava
A interrupção da vida
Na calada da noite
As batidas pararam
Depois do Pio da coruja
O corpo escorreu
A memória , um cinema mudo
Naquele instante
Decrescia o flash de segundo
Degrau a degrau
Como rimas que contrastam
A poesia de vida e morte
Desliza frio e calado
no limbo da indiferença
o que os olhos não veem
a compaixão não se cria
âmago da invisibilidade
Culpam a noite
que cismou de ser tão fria
À noite caiu, a temperatura caiu,
O corpo depois de tantas quedas
escolheu uma como legado
O limbo do poder
São tocaias noturnas
Já, quiumbas em ascensão
Vem o corpo que cai
Pela escada da evolução
Junta-se as almas penadas
Como sombra nas noites frias
Perdoa-me o realismo fantástico
É para amenizar o fervor
Do corpo gelado
Rogo que acolhida seja divina
Por que nessa vida
foi apenas uma falha exposta
O descaso a instituição
Desliza pelo limo da impunidade
Ou umbral dos abandonados
Mal passou a alvorada
Retiraram o corpo dali.
Para não atrapalhar
os obstáculos públicos
SÉRGIO CUMINO O CATADOR DE RESENHAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário