ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

sábado, 9 de agosto de 2025

A SOMA DE TANTOS TOMBOS

 

A SOMA DE TANTOS TOMBOS

As quedas têm por fim

O próprio fim,

Na lápide, “indigente”

Ou como subtítulo:

As somas dos tombos

Resultou no fatal

A escalada findava

A interrupção da vida

Na calada da noite

As batidas pararam

Depois do Pio da coruja

O corpo escorreu

A memória , um cinema mudo

Naquele instante

Decrescia o flash de segundo

Degrau a degrau

Como rimas que contrastam

A poesia de vida e morte

Desliza frio e calado

no limbo da indiferença

 o que os olhos não veem

a compaixão não se cria

âmago da invisibilidade

Culpam a noite

que cismou de ser tão fria

À noite caiu, a temperatura caiu,

O corpo depois de tantas quedas

 escolheu uma como legado

O limbo do poder

São tocaias noturnas

 Já, quiumbas em ascensão

Vem o corpo que cai

Pela escada da evolução

Junta-se as almas penadas

Como sombra nas noites frias

Perdoa-me o realismo fantástico

É para amenizar o fervor

 Do corpo gelado

Rogo que acolhida seja divina

Por que nessa vida

foi apenas uma falha exposta

O descaso a instituição

Desliza pelo limo da impunidade

Ou umbral dos abandonados

Mal passou a alvorada

Retiraram o corpo dali.

Para não atrapalhar

os obstáculos públicos

SÉRGIO CUMINO O CATADOR DE RESENHAS


Nenhum comentário:

Postar um comentário