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terça-feira, 12 de agosto de 2025

LAPSO

LAPSO 

A certeza sofreu uma tocaia

Soube de fonte insegura 

Quando jurava está tudo certo

 instantes de tocar o assoalho 

Já não tinha mais jogo de cintura 

Era uma inflamação moral 

Que percorre a coluna vertebral

Balbucio , era o estômago 

que pressentia a falta de algo

-Sequestraram os afetos 

E tudo que tem de precioso e terno

Estava fora de contexto

Parecia ser eterno

Porém nada original

O que vaga o relato

Ou era um sonho mal intencionado

Qual a base do pretexto

 a ilusão afrontou os fatos

Melhor sentar antes de levantar

Para a razão nutri uma distopia

Depois que a convicção 

Bambeou as pernas

Tem que respirar primeiro

Essa realidade distorcida 

metatarso toca a cerâmica fria

Faz frente ao surreal

E não era carnaval

Um pé depois o outro

 longe de ser mestre sala

Numa discussão temporal

E o café esfriou na xícara 

Parece ser aí que complica

A dúvida soma-se ao perplexo

Trauma moderno ,

ou seu próprio inferno ?

Desmorona o castelo de cartas

Adestraram a percepção 

Para aplacar interesses

As voltas num círculo vicioso 

Quando sente uma brisa amarga

Sinal que a saudade está ferida 

Tornaram duvidosa a reputação

Será profanação, programada 

Rima tosca, perverso e verso

Aversão intensifica a odiosidade

Num cortejo de paranoias. 

Funde-se pavor e gozo

As falácias da raiva 

 e desova o corpo da cognição

Em algum descampado da memória 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 


   

                 

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