ENCANTOS
SOB A NOITE
O encanto que vira musica
Serenatas onomatopaicas
Escuta e repete o refrão
Assim olhos dançam
A luz da vela mítica
Faz a escuridão virar arte
Ao comprimir ventre
Serrar os dentes
Perante a melodia romântica
As notas tornam células
Tocadas como piano
Pelas mãos que massageia
Replica anseio escondido
Excita as novidades
Agitam ,atraem, afastam
Lutam contra a dor
Alegação nas palmas do amor
Num arrepio pródigo
Acordes dialéticos
Brincando com emoções
É a ciranda dos quereres
Chocolate quente
Sussurros da pele
Mordiscar palavras lascivas
Com lambidas precisas
Sobem as pernas
Alforriadas, sem muletas.
Ao conforto erótico
Molha, demarca,
Após a tempestade
Desliza suave
Hidrata com suco e mel
Deixa o calor exausto
Satisfeito e feliz
Aflora felina
Vive a sina
Desejosa e ansiosa
Em rito de entrega
Fogosa e mulher
Os lábios secam
Os sumos escorrem
Deleite ousado
Delicia quente
Pira, roça, rola, esfrega.
Sutil e forte
Estigmatiza a alma
Exorciza demandas
Quando o chamado
Vem de
dentro
Marcamos a
cama
Numa pintura quente
Sumos do desejo
Para o repouso encantado
SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ
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