PAULICEIA AVARIADA
A
marcha pela rua fria
Sob
a chuva do pensamento
Um
gelo que penaliza a alma
Padece
o ideal Consternado
Onde
os meios e as meias
Desagradam
molhados
Quando
afogam suas magoa
Nos
trajes do sapato malhado
Nas
poças das calçadas
Refletindo
a luz publica
Que
faz da caminhada da vida
Na
noite fria de inverno
Um quadro de urbanidade morta
Odores
se manifestam
Essa pauliceia desvairada
Por
hora toda avariada
Mal
passa os vistas
Nos
Transeuntes encolhidos na
Busca
do mínimo calor interno
Desviando
dos corpos deitados
Como
Sebáceo de um cisto
No
Berço esplêndido das marquises
É
o consolo na noite chuvosa
Expostos
a todo o risco
Aqueles
que têm a rua
Os
predestinados da miséria
Com
seu desproposito tribal
Somem
em meio a névoa
Que
hora vez da pedra
Outrora
do chuvisco
Bambeio
com a impotência
Um
mergulho na viagem torta
Assim
fica desolado
Entre
o ir e o desisto.
Sérgio
Cumino – Poeta de Ayrá
Perfeito, profundo e com uma musicalidade em tom de protesto.
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