ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

domingo, 5 de julho de 2015

PAULICEIA AVARIADA



 PAULICEIA AVARIADA
A marcha pela rua fria
Sob a chuva do pensamento
Um gelo que penaliza a alma
Padece o ideal Consternado
Onde os meios e as meias
Desagradam molhados
Quando afogam suas magoa
Nos trajes do sapato malhado
Nas poças das calçadas
Refletindo a luz publica
Que faz da caminhada da vida
Na noite fria de inverno
 Um quadro de urbanidade morta
Odores se manifestam
Essa pauliceia desvairada
Por hora toda avariada
Mal passa os vistas
Nos Transeuntes encolhidos na
Busca do mínimo calor interno
Desviando dos corpos deitados
Como Sebáceo de um cisto
No Berço esplêndido das marquises
É o consolo na noite chuvosa
Expostos a todo o risco
Aqueles que têm a rua
Os predestinados da miséria
Com seu desproposito tribal
Somem em  meio a névoa
Que hora vez da pedra
Outrora do chuvisco
Bambeio com a impotência
Um mergulho na viagem torta
Assim fica desolado
Entre o ir e o desisto.
Sérgio Cumino – Poeta de Ayrá

Um comentário:

  1. Perfeito, profundo e com uma musicalidade em tom de protesto.

    ResponderExcluir