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sexta-feira, 4 de março de 2016

A DECEPÇÃO




A DECEPÇÃO

Dez  minutos de o novo iniciar
ainda com bolhas nas taças
espumosas  brumas do mar
submersas na bebida rosada
na abertura do portal,  jaça
toda poesia dada à amada

Dez minutos inicia resoluções
caminhar , superar, amor  e paz
sonhos projetos aos corações
No cintilar dos brilhos no céu
 após saudação do novo,jaz
revela-se o poço, a joça, o fel

Os dez minutos da bonança
voz embargada , começa dissentir
quando sonhava como criança
arremessando meu peito a revelia
e os quereres e o que tinha por vir
Pura indiferença pelo que eu sentia

Dez minutos , musa, amada e cruel
lança-me ao prelúdio de um abismo
Logo ela por quem  eu peço o céu,
Joga-me numa sala de parede fria
com enfeites, vinho e sofismo        
Que a  mentira infiel  recria

dez minutos de pirotecnia
como se horizonte fosse sorte
inicio do ano que prometia
como as taças  a mente a borbulhar
já me encontro sem norte
Nem tempo de embriagar

Dez minutos para a covardia
Cegando-a  para o óbvio não ver
dedos  do absurdo, digitam
Sua alma  mesquinha
Na dialética do ser e não ser
Cuja ceia da desonra, fui o prato

Para as dez horas que cresce
os dez dias,os dez anos senis
Contra os dez minutos fatídicos
Dobro meus joelhos as dez preces
Eretos ao  trato atos covardes e vis
Rogo pela harmonia e  princípios

SÉRGIO CUMINO-

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