VELOZES A LAMURIOSOS
Ousadias pela noite
Corre mais que o
vento
Orgulhos das
cilindradas
Gritam roncos
absurdos
Inibe apnéias dos
pais
Ignora regras e
sinais
Desafia o signo da
foice
O bom senso da sorte
E a lua indignada
Nesse duelo com a
morte
Na avenida de duas
vias
No topo da aroeira
A coruja pia
Anunciando o basta
Do dono da estrada
O desrespeito aos
caminhos
Com imprudentes
passos
E a corrida das
baladas
Da água para o vinho
O soar assustado do
sino
anuncia em badaladas
É pego pelo laço
Sua hora é chegada
Junto com a parada
A encruzilhada
trancada
encontra aquele poste
Divisor do novo norte
Desenha novo destino
Através da sabedoria
da dor
Prepara-se para nova
troca
e aquilo que lhe
sobra
Da radical manobra
Glamour de sua
penúria
para dupla de manopla
Que conduz as novas
rodas
Com apoio do seu
consorte
Quando poderia supor
Do cavaleiro
solitário
Após o desespero que
evoca
descobre sua nova
obra
Resiliência é o
passaporte
E toda opera de lamuria
terão coros
solidários
Orquestrados pelo
amor.
SERGIO CUMINO – PCD –
POESIA COM DEFICIÊNCIA
Nos faz pensar em como somos inconsequentes as vezes por tão pouco.
ResponderExcluirProfunda reflexão, que revelam a fragilidade das nossas ações gerando consequências para toda vida. Sendo que por vezes afetam todos na família por passarmos a ser dependentes de cuidados, lembrando que poderiam ser evitados e são frutos de nossas escolhas errôneas.
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