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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

PRELUDIO DE UM INTERNAUTA

PRELUDIO DE UM INTERNAUTA
A chegada ao lar pelo caminho da roça
Na lotação da trilha moderna
Congestionadas todas as rotas
Pelas marginais e lamaçais
Poe chinelos nos pés das botas
Abre-se a busca de um pouco de si.
Tira-se a fuligem da inveja fraterna
Seja no banho de folhas ou de pedras
Ou essências da indústria cosmética
Odores temperados com batata frita
Na reserva peculiar da sua caverna
E os sons que misturados de cada interno
E faz de cada qual o inferno do outro sol
E para gerir a solidão do seu oceano
Após o desjejum do exaurir
Embarca no portal das plataformas
Do busca, senha e login.
Baixando suas tribos das selvas
Partindo do caule para outros ramos
 Para conexões além do bem e do mal
De download e paradigmas que delete
Memoria emotiva no chat instantâneo.  
Site de compras e suas reservas
Um êxtase de sua cabeça decimal
E também outros labirintos
Fundindo a descobrir-se
Na busca das verdades
Com o que eu minto.
Esplendor do meu perfeito
Sabendo que encontro
Na dialética com o defeito
Assim descubro valores
E outros que abro mão
Busco o mundo com sede
Derrubo preconceitos
Elevo toda estima
Se me disser pura ilusão
De um romântico, ativista.
E balanço abraçado, na rede.
Direi que quero ser o ilusionista
Que faz da realidade magia intima
 
SÉRGIO CUMINO

4 comentários:

  1. Na internet fazemos grandes amigos, pessoas que muitas vezes somos mais ligados, que passam até a serem como da familia, onde conseguimos nos revelar como verdadeiramente somos, desabafamos as maselas de nossas vidas, nossas dores e desapontamentos, e tb nossas alegria, tds nós internautas,somos um pouco de tudo isso que vc disse nesse seu novo poema amigo... perfeito, como tds os outros... parabéns querido amigo

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  2. Muito interessante a analise poetica feita sobre os internautas. Na verdade todos nós que aqui na net vivemos e nos conhecemos numa rede ou teia, estamos procurando compania e entendimento do que nos falta na vida real.

    Regina.

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  3. Qdo a gente pega um gatinho ou cachorrinho ou um passaro e faz cafuné....ah!... k delicia, eles vão se desmanchando... desarmando... dengosamente, quase desfalece!...rsrsr...assim está minha essencia fêmea, meu ego, minha estima qdo te leio!...rsrsr...Será que é esta a função de um poeta!?...rsrr ...fazer cafuné na alma!?...rs

    bjs na sua alma.
    TELMA

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  4. Belo, como um todo que aparece ao entrar na rede, ilusões, paixões,busca de algo que nos falta ou simplesmente pra saborear algo novo inusitado, ali onde o real e imaginário se misturam e podemos ser o que quisermos de herói a bandidos. Mas na certeza que nada substitui a vida nua e crua, somos a constância na procura de nosso espaço mesmo que no virtual para dar significado a nossa existência.

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