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sexta-feira, 10 de junho de 2016

PARAPLEGIA DA NOITE



PARAPLEGIA DA NOITE

Conversa com a noite
se mantém calada
só observa
Faz gritar o silencio
Deve ter sua  tática
Ou cumplicidade?
Fica na espreita
como o corpo, parada
Ou serenamente absorta
faz dos pedidos reza
da indignação sacrilégio
e a duvida chega a fé
E aquilo que pesa
Nem tudo é como antes
Incerto por linhas tortas
Se o desejo não emperra
outros sonhos movem
Será outro colégio.
Foi-se com a mobilidade
com muitas possibilidades
afogadas no brejo
se quer sente os pés
Assim refletirá sua luta
-porque não entendeu ontem
quando tirava onda
em uma de suas paradas
na encruzilhada que destina
o perceber sensível que flora
nas veredas de outrora
se não fosse esse desfecho
vibraria em outras sinas-
É ave de  rapina
Mesmo com asas quebradas  
Sua herança não é a culpa
Não deixe o querer embernar
Escute a noite
Deixe silencio a falar
E sentirá cada palavra.
SERGIO CUMINO – PCD – POESIA COM DEFICIÊNCIA

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