INDOLENTES DE DANTE
Esse cortejo Intermitente
Extenso vale engarrafado
Canta a opera das sirenes
Logo ali surge um cadeirante
A frente não muito distante
Atrapalha trafego Indolentes
E buzinas afinam suas árias
Pasmado com esse resistente
as rodas não o faz da gente
Difere bem do bom andante
Onde não cultua indulgente
pudera é um cadeirante
Explora a selva excludente
Mais parece um bandeirante
o assento o leva avante
Teimosia desse imprudente
Insolente se diz militante
Cada quadra uma cesárea
Não pode ir muito distante
Até o passeio é excludente
Buracos e falta de rampas
onde pensa que vai dar,
esse tamborete pedante
um banco alegórico
não é porque chegou
incorporará ao urbano
O impedirão de circular
pelo inferno de Dante
não passa de um cadeirante
Que briga com obstáculos
perpetrados desde antes
cabeças quererem rodar
muita calma na carroça
se não pode quebrar
Mas como gira o ser rodante!
SÉRGIO CUMINO – PCD – POESIA COM
DEFICIÊNCIA
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