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sábado, 12 de outubro de 2019

A PLATAFORMA DO CONTRA


A PLATAFORMA DO CONTRA

A plataforma do contra
Pauta-se apenas
Em ser absolutamente contra
O “porque” irrelevante
O contra sabe que é assim
É o paladino da negação
O deus das trevas
Quando o referido
É o Estado de Direito
Guilhotina arestas
Da sua moral imaginária
Um cabaré intolerante
segue o punho do cafetão
É o que diz que sim
E o que diz que não
Conforme julga ser de bem
   Convém adaptar a bíblia
Numa dosagem alta de ópio
Antílopes inconciliáveis
Invalida qualquer mediação
Condecorado entre os chatos
Tolo em auto-estima
O contra não é o opositor
Que assinala a literatura
Diferente não é negativo
Que os contrários se atraem
Antagônicas vêem distintos
E se compreende  no outro
Que deveria vir em si mesmo
O consenso só diverge
Quais trilhas de escolha
Cada qual no que é capaz
Para pensar o futuro
Conforme dito
Não é o opositor
O contra é difusor  do ódio
Os do contra negam a raiz
Qualquer concepção ancestral
Tem um déficit de empatia
Mais patético do que cético
Que ameaça a Cultura da Paz
Há aqueles que não o percebem
 súbita mudanças nas ondas, sentem
é um ser que não passa despercebido
ele ultrapassa o egoísmo
Absoluto e sem senso ético
assume dono da pauta
Exala um cinismo tóxico
No sorriso de canto de boca
É executivo, legislativo e judiciário
Tudo constituído no senhor Contra
Que dispensa analises
O seu inferno são os outros
o contra se entrona
Como Torquemada da situação
Aí é o perigo constituído
Porque o contra teme a morte
Que os persegue nas sombras
Que cria nos embate de energias
A camuflagem reacionária
Não suportar bem do outro.

SÉRGIO CUMINO, Poetiza-se na Cultura da Paz

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