DESTILADO NO ESPELHO
Há um tropeço da razão
Do bom senso coletivo
Continência a desinteligência
bandeira patriarcal
Onde não há ternura
Nesse mundo perdido
Esperança no feminino
Desfigura o homem
Que abraça mastro
atravessa o fígado
do corpo que não lhe pertence
portanto não é capaz
e não vê alem do umbigo
Nem quando coça o saco
atribuem ao descaso
simplifica bílis
e a fenda marcada
Comportamento temporário
Desculpa de cada luto
De cada morte diária
Cita algumas fabulas
Que supõe que Deus validará
Indeferida a ilusão divina
a tempo é
questão de estado
Sinais esfumaçados pelos sonhos
A cabeça da mulher no prato
e a explosão por temporão
Leva inimaginável extremo
Que estoura o copo
De ódio destilado
misógino
estrutural
São os horrores
de ocasião
Que de resto de bom trato
Como se rompesse o destino
A fúria em primeiro ato
As trincas são grafias do espelho
Imagina-se fraturas internas
Aquelas La no fundo da vergonha
Performance débil do Macho
Que da para imaginar
Já a alma duas medidas dois pesos
A esquizofrenia do desejo
De querer se apropriar
Na mesma proporção dispensar
Em cima do formigueiro
SÉRGIO CUMINO -
Poetiza-se da Cultura da Paz
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