Mulher seu fogo
É de lenha divina
declama no monte uivante
Literatura da loba
Revolução se faz xama
Insere graça e magia
Como verbena nos sentidos
Maça de tantos mitos
Temperando sonhos ardentes
Saudades maturando a sina
Faz do fogo que me compete
Os lampejos que lhe serve
Lisonjeio faz o dueto flambar
Diva separa seus sonhos
Colhidos no jardim
Das poesias libertárias
fogo ao que supunha brasa
A vontade em sua máxima
Empoderando sua ternura
Com ramos de ervas finas
Suas rendas e toda alegoria
Soma-se ao balé da seda
Provocadora libera a cena
Num deslize sobre a pele
Clímax está anunciado
A cuia e o lago da sede
As brumas do seu fervor
entre a nuvem e as labaredas
Sauna de desejos pensantes
Da função ao suor de suas mãos
O gozo da linha do amor
Finos traços das palmas
Da poesia ao toque
Toda pela desejosa
eloquência do corpo quente
Sorve o chá da saudade
Saciando a boca gulosa
Harmonizada aos sussurros
Da sonata do gemido trovador
Danças das contorções
Coreografa todos quereres
Rito de sua obra prima
Cultivados na experiência
Cultuados no signo do amor
Uma culinária intima
Dessa sopa que saboreia quente
SERGIO CUMINO – CATADOR DE RESENHAS
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