ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

domingo, 7 de maio de 2023

DIVINA CHAMA

 DIVINA CHAMA 

Mulher seu fogo 

É de lenha divina 

declama no monte uivante 

Literatura da loba 

Revolução se faz xama 

Insere graça e magia  

Como verbena nos sentidos 

Maça de tantos mitos  

Temperando sonhos ardentes 

Saudades maturando a sina 

Faz do fogo que me compete 

Os lampejos que lhe serve 

Lisonjeio faz o dueto flambar 

Diva separa seus sonhos 

Colhidos no jardim 

Das poesias libertárias  

fogo ao que supunha brasa 

A vontade em sua máxima 

Empoderando sua ternura 

Com ramos de ervas finas 

Suas rendas e toda alegoria 

Soma-se ao balé da seda 

Provocadora libera a cena 

Num deslize sobre a pele 

Clímax está anunciado 

A cuia e o lago da sede 

As brumas do seu fervor 

entre a nuvem e as labaredas 

Sauna de desejos pensantes 

Da função ao suor de suas mãos   

O gozo da linha do amor 

Finos traços das palmas 

Da poesia ao toque 

Toda pela desejosa  

eloquência do corpo quente  

Sorve o chá da saudade 

Saciando a boca gulosa 

Harmonizada aos sussurros 

Da sonata do gemido trovador 

Danças das contorções  

Coreografa todos quereres 

Rito de sua obra prima 

Cultivados na experiência  

Cultuados no signo do amor 

Uma culinária intima  

Dessa sopa que saboreia quente 

 

SERGIO CUMINO – CATADOR DE RESENHAS 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário