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terça-feira, 25 de abril de 2023

BENÇA


BENÇA


Pálpebras declinam em reverenciar  

Mente mergulha ao seu centro 

Dissolve os tormentos 

No sopro do benzimento 

Como fossem brumas do medo 

O passe, passa sem encostar 

Se avoluma com a graça 

Arrepia a espinha 

O conselho da devoção 

Não há mais sim! Nem se não! 

-se no Olorum 

Em meio ao todo é um 

Elimina a fadiga da urgência 

A alma pede licença 

Respirar adormece a dor 

Universo está para nozes 

Como o O para amor 

Silencio se ajeita em si 

Para reviver o abençoado 

Sente-se o vigor da mente 

E a menção ao coração 

Acalento se arranja dentro 

Dialoga com o batimento 

Absorve e escorre sem amargar 

A benção e o anfitrião 

O dar e receber, sem entender 

Resgate da ternura  

Com calor se refaz  

Reza sem ladainha 

O elo sem corrente 

Rio sem marola 

É o banho de ventre 

A elegância da chama da vela  

Ereta, como os fios dos pelos  

Abraço do sono acordado 

Como a terra fortalece a raiz 

Culto e seu fruto 

Benção em mutação 

Passe do calor da palma 

a magia escrita na mão 

Canta a sua frequência 

O coro de todas as benças  

SÉRGIO CUMINO – O CATADOR DE RESENHAS   

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