ORVALHO
DAS SILABAS
O sol brilha a noite
quando a felina surge
Banhada de graça a janela
Seus raios penetram
O fluxo dos meus pensamentos
Coreografa numa estética menina
A sensualidade das palavras
Que se postam aladas
Com espirito de Ícaro
Derretem todas as métricas
Do discurso amoroso
Faz meu sorriso vagar
Em reticencias
Declaro-me a capela
Com silabas que nascem
Do desejo tupiniquim
E toda forma de amar
E rimar céu com mel
Simples acaso das circunstancias
E sem vasão aos pícaros
Conjuga o verbo querer
Funde-se o seu e o mim
Entre as imagens do painel
Que a mente cultua
A semeada transformação
Sobre nova ordem
Subvertendo as logicas
Encantando as sinas
Afasta os temores
Consola rancores
E colore a estima
Das frases que nos envolvem
Pela serenidade amena
Como orvalho nas silabas
Silencia defesas verborrágicas
Para sua semântica pura
Sou testemunha ocular
Que torna meteoro
Em poeira cósmica
E aflora gosto de amar
A gata escaldada joga a toalha
Entrega-se de corpo e alma nua
SÉRGIO CUMINO
Lindo como sempre... De uma delicadeza imensa ...
ResponderExcluirUm homem com toques sensíveis, em um universo que não lhe pertence em órbita no seu paralelo !!!
Clima romântico e sensual... A musa que provoca no poeta sentimentos de amor e desejo... Ela o provoca, só de toalha, para que ele a conquiste! Ele desvenda-lhe os segredos e ela se rende... com o corpo e alma desnudos... entrega total!
ResponderExcluirAdorei!!!
Você em seus poemas sabe como ninguém
ResponderExcluirescrever com detalhes
o que sente
ou queria sentir
com alguém!