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quinta-feira, 10 de maio de 2012

ORVALHO DAS SILABAS

ORVALHO DAS SILABAS
O sol brilha a noite
quando a felina surge
Banhada de graça a janela
Seus raios penetram
O fluxo dos meus pensamentos
Coreografa numa estética menina
A sensualidade das palavras
Que se postam aladas
Com espirito de Ícaro
Derretem todas as métricas
Do discurso amoroso
Faz meu sorriso vagar
Em reticencias
Declaro-me a capela
Com silabas que nascem
Do desejo tupiniquim
E toda forma de amar
E rimar céu com mel
Simples acaso das circunstancias
E sem vasão aos pícaros
Conjuga o verbo querer
Funde-se o seu e o mim
Entre as imagens do painel
Que a mente cultua
A semeada transformação
Sobre nova ordem
Subvertendo as logicas
Encantando as sinas
Afasta os temores
Consola rancores
E colore a estima
Das frases que nos envolvem
Pela serenidade amena
Como orvalho nas silabas
Silencia defesas verborrágicas
Para sua semântica pura
Sou testemunha ocular
Que torna meteoro
Em poeira cósmica
E aflora gosto de amar
A gata escaldada joga a toalha
Entrega-se de corpo e alma nua
SÉRGIO CUMINO

3 comentários:

  1. Lindo como sempre... De uma delicadeza imensa ...
    Um homem com toques sensíveis, em um universo que não lhe pertence em órbita no seu paralelo !!!

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  2. Clima romântico e sensual... A musa que provoca no poeta sentimentos de amor e desejo... Ela o provoca, só de toalha, para que ele a conquiste! Ele desvenda-lhe os segredos e ela se rende... com o corpo e alma desnudos... entrega total!
    Adorei!!!

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  3. Você em seus poemas sabe como ninguém
    escrever com detalhes
    o que sente
    ou queria sentir
    com alguém!

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