ATOR
A diversidade militante
Espírito impulsivo, pulso
orquestrado
É o jogo do tablado,
entre belo e feio
O Arauto e o mal
falado
Drama
mastigado do texto digerido
As vísceras de seu
duplo
Hora flor, outrora
dor
Faz do convicto
perplexo
Leva
a luz seu foco afinado
Como
alegria de partido alto
Do
inquisidor é o fogo
Da
bruxa todo encanto
Germina seres com
quereres
Intenções e
estereótipos.
Em
liturgias com crismas pagãs
No
breque da pausa de Beckett
Canta
ladainha verborrágica
Vive cerimônia e
equilíbrio
Faz-se absurdo o
aristotélico
Reflete a cena
dialética
Vive o olhar nobre no
plebeu moral
Resgatando do baú sem
fundo
O burguês em pleno orgasmo
econômico
O Quixote suspirando
sonhos
No tablado seu templo
Celebra a áurea do
saber
No entorno da fogueira
Da criação antropofágica
Entrega-se a orgia da
ciência e filosofia
Com foco aberto na
alma
Corpo vivo e quente,
Sua voz vociferando
literatura
Sussurrando brados
Sob desejos e
obstáculos
É a gaivota no seu
mergulho
É filho e
conseqüência
É pai, mãe e criação
É ator.
SÉRGIO CUMINO - PORTAL DELL ARTE
Pessoa de rara percepção e com visão apurada, isso é ser ator. Existem várias pessoas em uma só, vive suas personagens dando o seu toque pessoal e sua interpretação. Olhar quixotesco, te saúdo ator e poeta.
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