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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

RAZÃO SAMBOU

RAZÃO SAMBOU

Entre o bem e o mal
Não há candura
nessa vida io io
de saltos em vão
Sei quando desce
Sei quando sobe
E de nada se vale
E tudo se perde
Nem sempre alcança
E ausência perdura
Definido pela cor

Nessa trilha desigual
Não há lisura
Numa viela do rancor
Quebrada sem nação
Erra-te e esquece
Delega quem pode
Esconde quem sabe
É a melodia que difere
Os acordes trançam
Sina da partitura
De um samba de dor

Nessa noite marginal
E a roda da duvida
O oculto é doutor
Mais nota na canção
mortos sempre aparecem
nostálgico recorre
A medida que cabe
Emoção reverbere
dolo de uma criança
Enredo de luxuria
Da história de amor

Uma vereda musical
Marcado nas ruas
Sob estigma do ardor
Do conflito é ação
Improviso e esquetes
Mesmo sem alardes
Nesse palco se libere
Quixote e Sancho Pança
Sonho é fortuna
Que a memória guardou
Nesse mundo é ator

Conjuntura atual
Nem sempre cultua
O que difere o sabor
Da direito  a razão
Ao pandeiro e o pileque
O repique em vales
como respiro breve
breque do samba
Odisséias noturnas
sem dizer onde estou
farei inferno do pudor

SERGIO CUMINO – PCD – POESIA COM DEFICIÊNCIA

Um comentário:

  1. Elizabete Nascimento24 de agosto de 2018 às 15:53

    E agora? Dos infernos internos e dualismos emocionais vagueio por terrenos incertos e procuro minha essência. Pileques, pandeiros, repiques, samba, nessa conjuntura mergulho em sensações as quais me fazem sentir cada vez mais viva e carente de novidades que todo movimento trás e me move adiante buscando meu lado quixotesco para construir quem sou. Sou eu em formação constante.

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