QUEDA DO ESPERADO
Despeço-me do que espero
A ti não me reservo mais
Desculpa-me nada pessoal
Como se vagas hipóteses
E o vago que venero
Fosse alicerce cúmplices
Desclassifico qual presunção
Outrora me via classificado
Como lembrete de porta
Passei a ser o que reverbero
Conectado a outros
sinais
Já não sou mais igual
Ao que fui a outras estrofes
O que queria, já não o quero
Parti para outros índices
Vivo o presente da ilusão
Assim recrio os anunciados
E o encanto nas linhas tortas
Construo outros critérios
Relacionados com a paz
Os mitos e todo o astral
Sou a prova dos noves
De cada dia singelo
Onde o amor persiste
Alimenta cada ação
Seja silenciosa ou aos brados
Sua liberdade que te provoca
Abandonei meus infernos
Aos quais eu era a caça
Reprimindo instinto animal
Ou que a alma evoque
Não sou sombra do que espero
Dei luz ao meu poeta em riste
Como uma Yabá em devoção
Reza cada passo dado
Para caminho não virar chacota
O tempo refinado de mistérios
Põe-nos ao sonho audaz
Nesse mundo desigual
Que o esperado não enforque
Porque é o trilhar que quero
É aqui que se existe
E despacha a frustração.
Mente espírito integrado
Ao mundo e suas voltas.
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803
Viver ao sabor do inesperado e saber apreciar o bailar de sensações, mostra o que realmente trás essência a vida. Profundo e emocionante é minha percepção dessas palavras e traduz as reviravoltas que devemos enfrentar sem nos deixar abalar. Viver intensamente sempre.
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