LIBERTE-SE
Onde esta a saída?
Sou grato ao inimigo
De tanto me sentir
afrontado
Aprendi estratégias
de convívio
A política de boa
vizinhança
Mesmo se tiver babas
acidas
Na fala do adjacente
Onde esta a saída?
Depois de tantas
voltas
Tenho um choro
para cada ciclo da
lua
varias duvidas
para cada esquina de
rua
uma gíria para cada
chegado
Onde esta a saída?
Na arte busco o
retrato
Na estética a luz e
contrario
Uma resenha para cada
relato
A música ondula o
drama
Há o rodeio a cada
cena
Hoje cavaleiro amanhã
escudeiro
Onde esta a saída?
Se eu não sei o que
procuro
Quer-se a bolha que
pertenço
Que algoritmo faz meu
rumo
O portal que não me
aproximo
O passo que deixo
suspenso
Sou lado de dentro do
muro
Onde esta a saída?
Como louco me
incriminam
O ser e seu duplo
Por tudo aquilo que
me culpo
Ou que me induzem
culpado
a bússola da intuição
indica
passeio que os pés
resistam
Onde esta a saída?
sou prisioneiro de
mim
sorrio quando filmado
a sinto nos sentidos
ultrapassá-la parece
insano
senso precipitados
no limite das
cortinas
Onde esta a saída?
Não a sinto dessa
armadura
Não há respeito na
ignorância
E prega o ódio a vida
Inserido na nostalgia
Muda chave da resistência
Ao mundo de
possibilidades
SÉRGIO CUMINO - POESIA DA CULTURA DA PAZ
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