ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

AFAGADAS ONDAS

AFAGADAS ONDAS
Como corredeiras, me assanha.
Molhado feminino,
Ascende encantado
Que degusta o querer, que te quer.
Catedral, magia da mãe dos rios.
Acaricia com aguas plácidas
A felicidade que o desejo aflora
Na luxúria de pensamentos vertentes
As dezenas, centenas, e tantos mil
Vagueiam  meus sentidos
Espumantes que embriagam o colo
Desperta o sussurro meloso
Na volúpia de sonhos freqüentes
Navega-me em ondas
Doce garboso do melado indecente
Faz-se sol todo meu plexo
Pulsar Instiga o doce do abraço
Na pele deixo meus lábios impresso
Coreografia intima a faço
Calores somados sem teto
E minhas mãos desenha o ardil
Tornando caricia nos seios em bojo
O lingerie escorrega como laço
Amantes, amados, nus margeados.
Faz-me homem amado formoso
Dueto com gemidos do assoalho
Declama improviso sutil
Ao ouvido do amor jurado
Eterno é a vereda do suspiro
O sopro musical do tempo
Onomatopaicos gozos pedintes
Cortez no dialeto do afago
Adere como suores misturados
Na brandura dos lençóis
São as velas do canto canoa
Em plumas ninho dos amados
Em brumas gostos inebriados
Num poema sem breve tema
Somam-se como flores em girassóis
Coral mítico onde somos ouvintes
De melodias a toda  proa
Acordes sobre a pele da fêmea. 
Vale a luz de muitos sóis
SÉRGIO CUMINO

8 comentários:

  1. adorei...vc sempre muito poético, muito romantico, desejo ver o seu livro nas livrarias.....bjs

    ResponderExcluir
  2. Mais um encanto poético, algo tão profundo que me faz pensar num amor assim, sem medo, sem censura... Me encontrei navegando neste mar de sensualidade e paixão. Me senti a própria fêmea.
    Meu poeta, continue nos brindando com estes poemas maravilhosos!
    Beijo.

    Mara Elisa

    ResponderExcluir
  3. Sensualidade extrema ao descrever um amor...paixão...com alma poética consegue fazer viajar na leitura e trazer para aflorar no leitor a sensualidade de um amor, de uma paixão...Lindo !!!!
    Valéria Serra

    ResponderExcluir
  4. agora dei prá consultar poemas,mania boa que tó cativando com vc poeta ,adoro.

    ResponderExcluir
  5. Cortez no dialeto do afago,preciso encontrar umamor assim.beijos poeta kkkfilha de oxum

    ResponderExcluir
  6. O afagar das ondas, me entrego. Ao amor desmedido, a paixão sem cura já sou refém. E a esse poema, me vejo, linda sereia nas brumas do mar amigo, do amor amigo...

    Regina.

    ResponderExcluir
  7. Afagadas Ondas... refugio secreto do poder conhecido e aberto. e não é por acaso que desconhecemos o que é amar. O principio desse é o afago, o carinho, como é do poeta. As nuances devem olhar para todos que compenetram e entendem o siginificado das maravilhas do amor. Nós saberemos amar desse modo, como se descreve, o que é sentir realmente. Assim é dito e proclamado o amor. O que temos é algo novo como vimos no poema dito.

    Nadir

    ResponderExcluir