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domingo, 11 de novembro de 2018

SOMBRAS DA NAÇÃO


SOMBRAS DA NAÇÃO

Encobre a Amazônia
Com intenções escusas
Camufla o grito da mata
Mata,  acata e demarca
Faz da selva carvoaria
Vale para gazes do gado
Torna a luz de Araquém
Efeito sobre sombras
Contrapondo com sua fuligem
Nos ministérios de contenção
Defeitos que comanda
Deixa a alma com insônia

A vida sem sentido desunia
 bruta o que seria conduta  
faz com que tudo acata
sua indiferença se farta
das flâmulas da tirania
o torna um ser inanimado
além de você mais ninguém
pessoas que se perde a conta
de onde são suas origens
Via cruzes da repressão
E todo conjunto que demanda
As diretrizes da agonia

Nessa escuridão poria
O atraso da força bruta
e o nordeste desidrata
com descaso que maltrata
conduz a insana maniconia
de um povo bastardo
tratam suas vidas com desdém
quando há sonho que aponta
o tornam duras vertigens
o levam a correr na contramão
o rastro da fome se adianta
sentimento ria, hoje disritmia  

sem as penas da eufonia
a cadeia se desestrutura
com desmandos sem basta
todo escândalo se abafa
alimenta social esquizofrenia
e toda mancha que lhes convém
penumbra que afronta
toda diversidade livre
e o espírito de provisão
cobrem-na com uma manta
toda providencia que havia


SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Um belo manifesto expressando como a nação está desprotegida, vivemos com receio do retrocessos e atrasos impostos pela força bruta. Minorias amedrontadas de serem enxotadas ou renegadas por quem deveriam protege-las. A quem recorrer?

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