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domingo, 2 de abril de 2023

FUZUÊ DA DISTOPIA


 FUZUÊ DA DISTOPIA 

Anomalia induzida 
Entregue a toda sorte  
Põe a arte submetida 
Sem a menor lisura  
Imposta moldura 
Aos arroubos desse fardo 
A fantasia concedida 
Oprimido se sente culpado 
Dessa alegoria a qual julgado
Contempla o torpe fardo
é a sorte de uma boa morte 
Sugado até última tragada 
Nessa sarjeta do descaso 
Não se iluda com farda 
Largado esquecido e apagado 
É o truque rasteiro 
Genocídio programado 
Camufla o sangue no passeio 
Torna o sonho indigente 
Dizem ser prudente 
Para não contrariar o mercado 
Nada é por acaso 
de braços com a fome 
Uma companheira de porre 
A revelia do nada pode 
A crença burlesca  
Na hegemonia dos tabloides
A farsa que pede vistas 
Alinhamento das arestas  
E o banal sequestrar vidas 
Orquestrada pelas matilhas  
E economias fascistas. 

SÉRGIO CUMINO - OBSERVÁTORIO 803  

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