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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

ABRA A PORTA

ABRA A PORTA 

Transcender ilumina a sina

Na trilha arredia 

da floresta de pedra

O passo inseguro 

Faz não vê, 

 O pássaro que te protege

Perjúrio e retrocesso 

dos tote FFns programado 

Encalacrado na encruzilhada 

São tantas mazelas

Que se proclamam sinceras

laço que imobiliza o garrote 

Porquê não!? A porta fechada

outros tanto porquês 

E o apetite do conformado 

É corrente, presa aos pés 

Que modela o por vir

Uma corrida de obstáculos 

Sem destreza e decisão 

A sabotagem que o prende

Ao passado que não passa

As culpas que te condena

Nessa jornada de ilusão 

Trancas e juízo forjado 

Repassa o filme frustrado 

Que não há projeção 

A película que atormenta 

É a falácia que te conduz 

Foi preciso rasgar meu peito 

E a reflexão do leito

Para dar sentido a solidão 

O coração deu a letra

Canto ainda desafinado

ruído, da descrição regressa

O próximo passo será 

Entrando luz pela porta aberta.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 



    

                     

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

PALAVRA ROUBADA



PALAVRA ROUBADA

A palavra foi abolida

Do seu lugar de fala

Desnorteando seus sentidos

As parodias e prosódias na vala

E os fatos ficam o dito pelo não dito

Dilema do conflito verossímil 

O balaio do palavrado 

Rito verborrágico da bravata

Ideias palavrosas e toxicas

Não há compaixão muito menos empatia

Se a palavra chave é resistência 

A confusão do pretexto

Arregimenta-se fora de contexto

Algoritmos sequestram a palavração

Tem as silabas e fonemas sob dominação

A palavra dada é corrompida

Rebatizada e burlada

E os fios da meada ,perdidos

Pela tal incoerência armada

Sabem que a palavra é espada 

Sequestrada do embate dialético

O palato se abala, travam

A retorica e suas resenhas

Fraca infectada,

 pelas línguas dominantes

subvertem a coerência 

da soberania falante

pulverizam ensaios e filosofia

assim como a poesia

e todas escritas sagradas

em prol de narrativas burlescas

monetizam a discórdia 

contrariam perspectivas

do primor da língua 

e toda parte que lhe cabe

com parlatório vira-lata

são as metas da subserviência

com pobres palavreados.


SÉRGIO CUMINO –

 CATADOR DE RESENHAS. 


    

     

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

NAÚFRAGO DA ORLA

NAÚFRAGO DA ORLA

Ao levantar ancora 

A voz da razão se perde

Emudece, paralisa a ação

- Sou temor que lhe atenta,

A voz que rebenta 

 Da sombra do seu porão


Porém, há sempre um porém 

A tempestade se forma,

 sem uma nuvem no céu

O proeiro se perde da proa

A presunção fica aquém

na rota da incoerência


és âncora que não sai do chão 

Não há onde chegar

Quando o guia é a decepção

Essa paralisia apática 

E modelação estática 

O medo é seu artesão


Sem saída , sem chegada 

A paixão e seus rompantes

Perdem-se no nevoeiro do pensamento

É Naufrago do porto inseguro

Todos esforços em vão

Procura nas gaivotas a direção


Afere uma profunda solidão

Ancorado na orla rasa

Não discerne causa e efeito

 predestinado a pedir bença

no mundo de falsas crenças.

Aos piratas de terra seca


Sob a luz das estrelas

Quando vislumbra a direção

Não sabe se de Davi ou Salomão

Parecia um farol de navegação

Posta-se de joelhos em oração


Marujo cético vislumbra

Que seu navegar é impreciso

Passa o leme a intuição

Em busca do sonho perdido

Despede-se das marolas, 

depois as ondas de contenção


Rumo aos mistérios 

dos oceanos dentro de si 

Na magia dos sete mares 

Transcendem seus pecados afins

Despede-se das prosas

À navegar num mar de poesias


SÉRGIO CUMINO –

 CATADOR DE RESENHAS///


 

           

O IDIOTA

O IDIOTA

Chega à conclusão, que é melhor assumir 

Que não viu o e que sabe o que viste

Que a língua corrompida

Assim como nossa alma

Prospero repertórios das mazelas 

 dos embustes que nos apertam

e toda mentira do indignado

Asfixiam o senso comum nesse vai e vem

Bate e rebate da chacota 

As flamulas de sua bandeira 

Escorrega no mastro

Mostram suas garras

Conforme o cunham 

 dizem que melhor artefato

 a parte do que é do esperto

Alguns se encontram com

 a conveniência que lhes acenam

e tudo é relativo para que a treta

enrosque e aperta conforme a letra

se o mundo é dos espertos

sinal que a safra é ignorância

há demanda e benesse

que abrilhantam os olhos

o que transbordam nos bolsos

quando o ouro que provem do tolo

para nos mercadores da fé

um abate febril, largam 

ao relento da desesperança 

e os acionistas da desgraça celebram

em iates de vinte nos 

e um deles é para nos enforcar

depois da engorda

somos descartados como bagaço

como meros idiotas 

SÉRGIO CUMINO – 

O CATADOR DE RESENHAS   

        

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

PURGAÇÃO

PURGAÇÃO

Em suas procuras submerge

Para evadir do limbo temporal

Antes que os fios que o rege

 ao paladar da súbita empáfia 

e estrangule o que lhe resta


Orquestra de cordas da forca capital

Retórica, melódica e hipnótica

Para as escrituras e seus trilhões

As resenhas, antissistemas em pauta

E os trunfos das negações


 vida ,um penhasco sem opções

é o abismo que te traga 

e você que devora o abismo

voo solo, e ascensão da incerteza

 entenda que o precipício lhe fala


um zumbido da interferência

 na vendida subserviência 

em todo enredo que se ampara a farsa

zunido que atrai os sentidos

nessa esfera que nos assalta 


seja atento a necrofilia existentes 

Desse antro fóbico estéril

Nessa vala sem critério 

Antes que o capturem pela fabulação 

E o deixe em vago deletério


Em busca do alento

Após batalhas e provações

Encontre seu centro e redenção

E o mundo das possibilidades

Germina a humanidade soberana 


Não lhe faz menor e nem maior

Plenitude pulsando em sua catedral

Mesclam o monge e o templo

Vida sem tempo e espaço

Quando viver se torne um espetáculo


SÉRGIO CUMINO -

 o CATADOR DE RESENHAS













         


ERA

ERA

Se era, o que será ?

Será que sou eu? Não sei.

Se for, como saber? sei lá.

Ser ou não ser, a questão está dada

Se for será.

O que sei que desde lá

Era proeminente 

Emergi a militância confusa

Com os bordões afirmativos 

Algumas coisas nunca mudam

Se a Era qualquer que seja 

Será a Era das duvidas?

Sei que são males obtusos 

Dessa vida é cíclica 

Com seus giros nauseantes

Temo as serpentes gestantes

Em suas desovas

Regressam os primatas de Darwin 

Que blasfemam contra o óbvio.

Essa tormenta será que era pra ser?

Porem proclamam serem

Além do bem e do mal

Que bom seria 

 Se fossem o olhar auspicioso

Do poeta e suas profanidades boêmia 

Quem Veem a boca da praia, como uma gargalhada de espumas

Ou a atriz de outrora no tablado com sorrisos cintilantes

Tornar-se mulher no rito de gaya

Mas hoje na era do descaso

riso é como um riacho, que teme a era da seca

A estiagem da vida , Alerta a era da incertezas 

Sofrida tanto quanto oprimida

Fere o amor e res significa a dor 

Numa era de vale tudo

Avolumando sem eira nem beira

Submerge no terceiro ato

A estética duvidosa de nossa era

É a erupção da era do caos 

E suas provisões dantescas.

SÉRGIO CUMINO -

 CATADOR DE RESENHAS    

         

sábado, 15 de fevereiro de 2025

A SAGA DOS DISSIDENTES

 

A SAGA DOS DISSIDENTES 

.O pássaro relutem-te 

No sonho da revoada

Sobrevoa a queimada

Do corpo presente

Das possibilidades alternadas

Desse terror vigente

Da sina requentada que amarga

 Padece não compreende

A flama ordenada e seus contingentes

Queima as perspectivas do povo

A entregar paulatinamente

Mesmo resistente ao estrabismo

Que calam os visionários

Confiscam o tônus, assim com os sonho

Eis o risco a beira do abismo

O chama com a retórica

Do conformismo vassalo

Altera o riscado por anomalias crespadas

Quando o medo atinge maioridade

Despenca ou cria asas

Capturam a fé a crenças correlatas

Urgem em estética que domina

Em benção de pastores lacaios

Algozes da periferia da mente

 Tutelado pelo déspota o faz segregado

Nessa saga dos dissidentes.

SÉRGIO CUMINO 

CATADOR DE RESENHAS.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

LAPSOS DESMEDIDOS

LAPSOS DESMEDIDOS

Pausa , acelera ,perde-se 

 não importa o quanto espera 

passos passados incertos

 Faz Temporalidade relativa 

 Marca-se nos traços

A Pele traduz se pelo estigma 

vivida e olhar experiente 

 Sem medidas ao acaso 

período estagnado, 

 tempo perdido fatídico 

 Que não volta mais

 Calado ao tempo roubado 

 atraso predestinado 

Desmedido aos lapsos 

 Faz do tempo incerto

 Instável nos tempos difíceis 

Ansiedade burla consciência 

Dar se conta do que espera

 Funcional e irreal 

 O vazio dos sentidos 

 Ou repleto de delongas

Testemunho ocular. 

 No quebrar das ondas. 

 Vê o tempo passar.

 no decorrer do período

 Passa e repassa por: 

Relevantes acontecimentos 

Estou perdido no tempo. 

 Vai se, aponta a frustração 

 A gestação é prova dos nove 

Uma jornada de fragmentos

 prazer é prenúncio da dor

 Alegrete a nota do desejo

 Dessa partitura atemporal 

 E a resenha do meu rito. 

 Encontrar a chave do tempo 

Que abre a porta do templo 

A árvore do divino Tempo 

Dará o prumo ancestral 

 tempo programado avariado

 É hora de partir. É hora de chegar. 

 É hora de morrer. 

 Dentro dessa temporalidade 

Espírito do tempo. 

 É o compasso do coração

 desde velhos tempos

 Mesmo com contratempos 

Esse é o tempo de viver.

            SÉRGIO CUMINO 

   O CATADOR DE RESENHAS